Art Basel 2021

Setembro 21 - 26, 2021 
Booth L24

A Bergamin & Gomide e Galeria Luisa Strina se juntam na ocasião do tão importante retorno da feira Art Basel em modo presencial. Para essa parceria inédita, as galerias trazem uma seleção abrangente, com trabalhos que datam desde a década de 1950 até o período atual. Entre elas, destacam-se obras históricas como Grupo Frente (1956), de Hélio Oiticica, Bicho (1960), de Lygia Clark, The Dealer, de Antonio Dias (1972) e Estojo de Geometria (Neutralização por Oposição e/ou Adição) (1975), de Cildo Meireles, de quem serão expostas também uma aquarela e uma pintura – que, segundo o artista, é o modo como ele encontra para expressar seus impulsos, sem bloqueios , e com o mínimo de materialidade.


A apresentação preparada para 2021 conta com uma importante seleção de obras de Anna Maria Maiolino dos anos 2000, destacando-se a tela vermelha Sem Título (2006), da série Ações Matéricas, e a escultura em gesso moldado de Entre o Dentro e o Fora (2012). Da artista Fernanda Gomes, estará presente uma obra rara de 1993 em cartão, metal e couro e outras duas peças com sua representativa paleta de brancos e visão radical da cor. Duas temperas de Mira Schendel também farão parte da apresentação desse ano. Ambas as telas são exemplares impecáveis, onde a artista alcança o aspecto corpóreo por meio das suas densas superfícies.


Amélia Toledo, Amadeo Luciano Lorenzato e Marcel Broodthaers trazem, cada um à sua maneira, o universo aquático para o estande: Em Colheita (ou Natureza Morta) (1981), Toledo mostra a ação do tempo como um agente de mudança e de intersecção sobre as coisas – a garrafa de vidro, uma vez ao mar, se desgasta e agrega elementos do meio. Já Lorenzato se apropria da paisagem tropical em cenas em que o tempo não passa, mas circunda. Broodthaers joga com os limites entre a linguagem e a representação em Les Poissons (1975) quando, em vez de desenhar peixes e frutos do mar sobre a tela, imprime seus nomes, cabendo a nós ver em “les crevettes” os camarões, e em “la morue” o bacalhau.


Nos trabalhos de Marcius Galan e Alexandre da Cunha, objetos cotidianos, como borrachas e esfregões, ganham um novo status em Desenho Jogo (2021) e Kentucky - Frittilaria (2021). A obra Sem título (2013) de Tonico Lemos Auad retoma técnicas manuais de bordado em linho e constrói um barco refletido pelas águas. Colocando em questão os sistemas de conversão e possibilidades de reprodução das imagens, Juan Araújo reproduz em pintura uma fotografia da James King House, uma construção moderna e tropical desenhada por Paulo Mendes da Rocha.


Francisco Brennand, Maria Lira Marques e Alex Cerveny estarão presentes, respectivamente, através das peças em cerâmica vitrificada, das pinturas que Lira chama de Meus Bichos do Sertão e de três telas feitas por Cerveny que jogam com diferentes narrativas e simbologias: Oh! Darling (2017), I Feel For You (2020) e Irmãos Coragem (2021).


Dessa forma, trazendo o fôlego de obras tão representativas e distintas entre si produzidas desde a segunda metade do século XX, a parceria entre a Galeria Luisa Strina e a Bergamin & Gomide demonstra, entre outras coisas, o poder de reinvenção e persistência da arte, que se mantém viva, pulsante e em diálogo em meio a tantas adversidades, e cuja circulação e interesse jamais se perdem.

 

Neste ano, as galerias compartilham o estande L24, apresentando uma seleção de obras de Anna Maria Maiolino, Alex Cerveny, Alexandre Da Cunha, Amadeo Luciano Lorenzato, Amelia Toledo, Antonio Dias, Cildo Meireles, Fernanda Gomes, Francis Alÿs, Francisco Brennand, Hélio Oiticica, José Leonilson, Juan Araujo, Marcel Broodthaers, Marcius Galan, Maria Lira Marques, Mira Schendel, Renata Lucas, Tonico Lemos Auad, entre outros.