Lenora de Barros Brasil, 1953
[PT]
No País da Língua Grande, Dai Carne a Quem Quer Carne de Lenora de Barros fez parte de uma instalação coletiva com os artistas Arnaldo Antunes (1960) e Walter Silveira (1955) apresentada na 24ª Bienal de São Paulo – Um e/entre outro/s. Conhecida como "Bienal da Antropofagia", a curadoria de Paulo Herkenhoff e Adriano Pedrosa tinha como fio condutor as raízes da cultura brasileira em intersecção com a produção de artistas contemporâneos.
Em meio a um mural idealizado por Antunes e aos vídeos de Walter Silveira, No País da Língua Grande, Dai Carne a Quem Quer Carne é nomeada a partir do Manifesto Antropófago (1928) de Oswald de Andrade (1890-1954): "Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande." Lenora, então, realiza um jogo de palavras em que língua e cobra são associadas não apenas a partir de uma analogia formal, mas às suas qualidades "devoradoras".
[EN]
No País da Língua Grande, Dai Carne a Quem Quer Carne [In the Country of the Big Tongue, Give Meat to Those Who Want Meat] by Lenora de Barros was part of a collective installation with the artists Arnaldo Antunes (1960) and Walter Silveira (1955) presented at the 24th Bienal de São Paulo – Um e/entre outro/s. Known as "Bienal da Antropofagia" [Biennial of Anthropophagy], Paulo Herkenhoff and Adriano Pedrosa's curatorship had as a common thread the roots of Brazilian culture in intersection with the production of contemporary artists.
Amidst a mural designed by Antunes and videos by Walter Silveira, No País da Língua Grande, Dai Carne a Quem Quer Carne is named after the Manifesto Antropófago (1928) by Oswald de Andrade (1890-1954): "Children of the sun, mother of the living. Found and loved fiercely, with all the hypocrisy of longing, by the immigrated, the trafficked and the touristed. In the country of the big snake." Lenora then performs a play on words in which tongue and snake are associated not only from a formal point of view, but from their "devouring" qualities.
Exposições
Lenora de Barros: minha língua. Pinacoteca do Estado: São Paulo, 8 de outubro de 2022 a 9 de abril de 2023 [October 8th, 2022 to April 9th, 2023]
A Sua Estupidez. Carpintaria: Rio de Janeiro, 9 de julho a 20 de agosto de 2022 [July 9th to August 20th, 2022] - Ed. 4/5
Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre – Programa Arte Atual. Instituto Tomie Ohtake: São Paulo, 19 de maio a 17 de julho de 2022 [May 19th to July 17th, 2022] - Ed. 3/5
Só Línguas [Only Tongues]. Galeria Millan: São Paulo, 24 de maio a 23 de junho de 2018 [May 24th to June 23, 2018]30ª Bienal de São Paulo. Fundação Bienal: São Paulo, 21 de setembro a 8 de dezembro de 2013 [September 21st to December 8th, 2013]
24ª Bienal de São Paulo – Um e/entre outro/s. Fundação Bienal de São Paulo: São Paulo, 3 de outubro a 3 de dezembro de 1998 [October 3rd to December 3rd, 1998]
Literature
Lenora de Barros: minha língua. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2022 - capa [cover], p. 71
Refestança. São Paulo: Folha de S. Paulo, 6 de abril de 2022 [April 6th 2022] - p. C3
ISSOÉOSSODISSO. Lenora de Barros. São Paulo: Paço das Artes, Oficina Oswald de Andrade, 2016. - p. 42
30 x Bienal – Transformações na Arte Brasileira da 1a a 30a edição. Bienal de São Paulo, 2013 - p. 67
Relivro – Lenora de Barros. Rio de Janeiro: Oi Futuro, 2011 - p. 53
Coisa em si: conversas com Lenora de Barros. Porto Alegre: Zouk, 2011 - p. 67