Chen Kong Fang has recurrences in his paintings that show expressionist tendencies, where he plays with form, distorting and altering perspectives. Chromatically, he chooses delicate tones and often uses whites and grays in countless tonal varieties, creating atmospheres of rare subtlety that make up his plastic language, always so personal and intimate. Although Fang arrived in the city of São Paulo in the 1950s, a time of increasing industrialization and population growth in the city, he focuses his attention on marginal landscapes and voids in the capital's modernizing drive.

[PT]

Chen Kong Fang tem recorrências em suas pinturas que evidenciam tendências expressionistas, onde o pintor joga com a forma, distorcendo e alterando as perspectivas. Cromaticamente, escolhe tons delicados, e com alguma frequência usa os brancos e cinzas em inúmeras variedades tonais, criando atmosferas de rara sutileza que compunham seu idioma plástico, sempre tão pessoal e intimista. Embora Fang tenha chegado na cidade de São Paulo na década de 1950, época de uma crescente industrialização e crescimento populacional da cidade, Fang foca seu olhar sobre paisagens marginais e vácuos da pulsão modernizadora da capital.

Na obra Sem título, o artista combina temas de seu repertório, como seus casarios e suas visões. Nesta pintura, feita em sua fase madura, o artista apresenta um elemento que sutilmente questiona a verossimilhança da imagem, quando sugere uma pomba branca secando em um varal de uma residência. Essas ambiências de Fang conectam o interior de suas arquiteturas com as paisagens de fora, como na obra em questão, que o espaço interno e oculto é conectado com a vista exterior pelo plano de enquadramento do artista.