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Artworks
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Miriam (Miriam Inez da Silva)
Sem título [Untitled], 1987Óleo sobre madeira [Oil on wood]39 x 50.3 cm [15 1/2 x 20 in.]MIS-0020POA[PT] Born in Trindade, a city in the Goiânia metro area that came into being in the wake of miracle reports, Miriam Inez da Silva drew upon her childhood for...[PT]
Born in Trindade, a city in the Goiânia metro area that came into being in the wake of miracle reports, Miriam Inez da Silva drew upon her childhood for aesthetic references that would later become recurrent in her works, including clerical and mythological elements. In 1960, Miriam moves to Rio de Janeiro, as does much of Brazil's Midwestern and Northeastern population, in a big migration flow towards the Southeast. In Rio, she continues to pursue the Fine Arts studies she had begun in Goiás, honing her woodcut skills at the Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro with concrete artist Ivan Serpa as her teacher.
With her engraving work, Miriam joins two editions of the Bienal de São Paulo (1962 and 1964), two editions of the Bienal da Bahia (1966 and 1968), and one edition of the Santiago Engraving Biennial (1969). She gradually transitions away from the language, devoting herself almost exclusively to painting from 1970 onwards. During this period, Miriam's repertoire turns to aspects of Rio's urban culture such as bohemianism, popular music icons, drama, and political manifestations. In addition to recurrent Carnaval scenes depicting samba schools, she portrays the household and the family with a more intimist approach. Using cutout wood planks as her support, she creates paintings with a shared geometric element: their colorful edges. Usually in earthy tones, those edges emulate a frame, creating a white backdrop against which for her characters to take action.Often reviewed by critics as naïve, intuitive, simple, and primitive, Miriam's work boasts a complex repertoire that does not conform to the bounds of what "popular art" is presumed to be. In fact, her body of work highlights her intentions, her malice, and her transgressions, making it clear that she was a keen observer of people, Brazilian society and the micropolitics of the urban social fabric. On this occasion, Gomide&Co looks to present a selection of artworks designed to enable a reading of her oeuvre based on recent research into the vast existing documentation concerning her career.
[PT]Nascida em Trindade, cidade na região metropolitana de Goiânia formada em torno de relatos milagreiros, Miriam Inez da Silva teve em sua infância o berço de suas referências estéticas que posteriormente foram recorrentes em suas obras, entre elementos eclesiásticos e de caráter mitológico. Em 1960 Miriam muda-se para o Rio de Janeiro, assim como boa parte do contingente populacional do centro-oeste e do nordeste brasileiro que compuseram um grande fluxo migratório rumo ao sudeste. Na capital carioca, a artista dá continuidade a sua formação nos estudos de Belas Artes que havia iniciado em Goiás, aprofundando seus conhecimentos em xilogravura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, tendo como professor o artista concreto Ivan Serpa.
Com suas gravuras, Miriam participa de duas edições da Bienal de São Paulo (1962 e 1964), duas edições da Bienal da Bahia (1966 e 1968) e uma da Bienal de Gravura de Santiago (1969). Gradualmente a artista deixa de trabalhar com esta linguagem, e de 1970 em diante passa se dedicar quase que exclusivamente à pintura. Neste período, temas mais ligados à cultura urbana carioca passam a compor o repertório de Miriam, como a boemia, ícones da música popular, a dramaticidade e manifestações políticas. Além das recorrentes cenas carnavalescas, de escolas de samba, também são retratados aspectos domésticos e familiares, de caráter mais intimista. Tendo como suporte tábuas de madeira recortadas, as pinturas da artista apresentam um elemento geométrico comum: suas bordas coloridas. Geralmente em tons terrosos, as bordas emulam uma moldura e oferecem um espaço interno de fundo branco, onde figuram seus personagens em ação.Comumente apresentada sob uma crítica que trata sua obra como ingênua, intuitiva, simples e primitiva, Miriam tem um repertório complexo, que não se esgota no que foi estabelecido dentro dos limites de uma suposta “arte popular”. Sua obra, em verdade, ressalta suas intenções, malícias e transgressões, evidenciando que a artista era uma observadora atenta das pessoas, da sociedade brasileira e das micropolíticas do tecido social urbano. Nesta ocasião, a Gomide&Co busca apresentar uma seleção de trabalhos com o intuito de promover uma leitura sobre a sua obra a partir de pesquisas recentes que exploraram a vasta documentação em torno de sua trajetória.
Exhibitions
As impurezas extraordinárias de Miriam Inez da Silva. Almeida & Dale: São Paulo, 28 de novembro de 2020 a 27 de março de 2021 [November 28th, 2020, to March 27th, 2021]Literature
As impurezas extraordinárias de Miriam Inez da Silva. São Paulo: Almeida e Dale Galeria, 2021 - p. 2044of 4