EXTRA, EXTRA, EXTRA: a Gomide&Co apresenta Cipis na Black Friday, individual de Marcelo Cipis – uma verdadeira promoção da arte contemporânea! São 440 pinturas inéditas, cada uma por apenas R$ 3.999,99. Olhou, gostou, levou!
Uma exposição sobre consumo, desejo e produção em série com a leveza, a ironia e aquele humor refinado que só o Cipis sabe fazer!
Deu a louca no gerente! A Gomide&Co tem o prazer de apresentar Cipis na Black Friday, individual de Marcelo Cipis que acontece na galeria de 28 de novembro de 2025 a 22 de janeiro de 2026 – ou enquanto durarem os estoques!
É a sua oportunidade de ter um Cipis na casa, no escritório, na fazenda… ou onde você quiser (até numa casinha de sapê)! Cada tela por apenas R$ 3.999,99! É isso mesmo! Apenas R$ 3.999,99, além de condições de pagamento especiais. Olhou, gostou, comprou: Pague&Leve (levinho…) na hora!
Cipis na Black Friday é concebida como um happening que articula instalação e ação performática com a intenção de refletir sobre o universo do consumo. A instalação reúne 440 pinturas em pequeno formato (40 x 30 cm) inéditas, subdivididas em 24 séries, que estarão dispostas lado a lado, em sequência, ocupando as paredes do salão expositivo da galeria no sentido de evocar a lógica das prateleiras de supermercado e da produção em série. Um “supermercado elegante”, nas palavras do artista; ou um "templo magistral de consumo", na definição de Clotilde Perez em seu texto crítico para a exposição. Coisa de gente fina, elegante e sincera!
Durante a inauguração, atendentes uniformizados realizarão uma performance de venda direta das obras, embalando e entregando as pinturas aos compradores, de modo que o espaço será gradualmente esvaziado: um gesto que transforma o ato de consumo em parte do próprio trabalho. Ao final, permanerão apenas etiquetas indicando o local das obras vendidas, convertendo o vazio em elemento integrante da exposição.
O debate entre reprodutibilidade e exclusividade é um aspecto central da proposta, no que o diálogo com a lógica industrial está presente desde o processo de produção das obras. Cada série corresponde a um motivo (ora figurativo, ora abstrato) que foi trabalhado efetivamente na dinâmica de produção em série, com cada tema sendo desdobrado em versões com variações pontuais de cor. As 440 pinturas foram realizadas em 80 dias, em um ritmo fabril e calculado – “440 pinturas em 80 dias”, reforça o artista –, ecoando a tensão entre produção manual e reprodutibilidade mecânica. No entanto, apesar das repetições e variações cromáticas, cada pintura é única, o que resguarda uma espécie de “aura” singular. Cipis descreve o conjunto como uma “constelação de imagens”: fragmentos de um universo imaginário que ganham sentido na relação entre si e com o público. Seu processo de trabalho remete à ideia de uma “fábrica de si mesmo”, em que a repetição é usada de forma crítica, questionando a noção de novidade permanente que regula o mercado da arte. A ideia retoma em certa medida a CIPIS TRANSWORLD Art Industry & Commerce, proposta de instalação e performance apresentada por Cipis na 21a Bienal de São Paulo (1991).
Entre as séries, figuram temas que são referenciais na trajetória do artista, como o tambor, objetos cotidianos diversos (bule, fósforo, cigarro), menções a elementos abstratos, entre outros – uma espécie de balanço da carreira. Alguns temas dialogam também com a iconografia publicitária norte-americana dos anos 1940 e 50 ou aspectos compositivos do Construtivismo Russo das décadas de 1920 e 30, reinterpretados com ironia e humor. Há alusões ao surrealismo, especialmente Francis Picabia, e ao cinema clássico, como Hitchcock. Alguns elementos evocam ainda um imaginário infantil e nostálgico, como o logotipo da Estrela, associado à alegria e ao consumo da infância. A repetição das figuras compõe um repertório simbólico que mistura o pop e o psíquico.
Para Cipis, não se trata de uma crítica direta, mas de uma “ode ao mercado” – uma relação dialética de gratidão e ironia. Seu trabalho reflete sobre o sistema da arte e do consumo, expondo suas dinâmicas com leveza e humor: “é rir de si mesmo e do mercado”, resume o artista, lógica que se desdobra também nas estratégias de venda e linguagem de divulgação. Essa ambiguidade – entre crítica e celebração – sustenta o tom da exposição, ao mesmo tempo divertido e autoconsciente. Afinal, entre as muitas necessidades do cotidiano, a gente também quer diversão e arte!
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