Artista multidisciplinar, Nilda Neves estudou contabilidade e foi professora de matemática, comerciante, cabeleireira, entre outras profissões, antes de se dedicar às artes visuais e à literatura. Seu trabalho está intimamente vinculado à memória: cada figura, animal ou paisagem em suas telas correspondem às suas lembranças e sua vida no sertão. Os quase cinquenta anos que a artista viveu no interior da Bahia legaram um universo imagético pautado pela riqueza da vegetação e da fauna do sertão baiano. Vivendo hoje em Camanducaia, na região da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais, Nilda segue tendo o sertão baiano e suas histórias como eixo de sua produção. Com uma oratória permeada de uma semântica sonora, Nilda ecoa suas paisagens também através de sua palavra, tendo publicado dois livros – O Belo Sertão (2010) e O Lavrador do Sertão (2011).
Entre mostras, já realizou as seguintes individuais: Nilda Neves: do sertão à lua, no Museu Nacional da República (Brasília, 2023); Nilda Neves: visagens e assombros do sertão, na Central Galeria (São Paulo, 2023); Sertão em devaneios, no Centro Cultural Santo Amaro (São Paulo, 2019); Narrativas do sertão, no Face Gabinete de Arte (São Paulo, 2018); e Meu Sertão, na Galeria Mezanino (São Paulo, 2015). Entre as exposições coletivas, destacam-se: A noite dos clarões: ecos do surrealismo e outras cosmologias, na Flexa Galeria (Rio de Janeiro, 2024); E o Palhaço, quem é!?, no Paço das Artes (São Paulo, 2024); Serra da Capivara: pedra viva, o legado de Niède Guidon, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (São Paulo, 2022); Now, no Museu Inimá de Paula (Belo Horizonte, 2022); Alegria, uma invenção, na Central Galeria (São Paulo, 2022); Modernismo desde aqui, Paço das Artes (São Paulo, 2022); Tudo o que você me der é seu, Central Galeria (São Paulo, 2020); O Sagrado na Arte Moderna Brasileira, Museu de Arte Sacra (São Paulo, 2019); além de diversas edições da Bienal Naïfs do Brasil, Sesc Piracicaba (2020, 2018 e 2016). Sua obra está presente nas coleções do Museu de Arte do Rio de Janeiro, do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba e da Pinacoteca do Estado de São Paulo.