Antonio Ballester Moreno Espanha, 1977

Antonio Ballester Moreno nasceu em 1977 em Madrid. Sua prática artística se dá inicialmente pelo vídeo, expondo no início dos anos 2000 seus primeiros trabalhos em coletivas e festivais voltados à produção audiovisual. Seus vídeos à época exploravam elementos da paisagem em sua visualidade mais ampla, com planos-sequência sem cortes que abriam caminhos para suas paisagens em movimento. Em 2008, Ballester Moreno consegue uma bolsa para participar de um laboratório no Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León - MUSAC, e neste laboratório realizou suas primeiras pinturas, já apontando para um repertório que geraria algumas de suas principais características: as cores primárias, uma economia das formas e a exploração da paisagem em seus elementos singulares. Neste período, suas práticas passam a convergir com motivos orientados para o processo manual, e subsequentemente sua linguagem se estende às cerâmicas e às colagens. 

Embora sua abordagem tenha referências na abstração, a obra de Ballester Moreno evoca aspectos compositivos, aos quais se evidenciam na medida em que o artista compreende seu trabalho enquanto relacional: dificilmente uma tela ou juta sua é pintada de forma singular, sem relação com outros trabalhos. Ballester Moreno às compreende enquanto dialógicas, compositivas e panorâmicas. Seu processo de trabalho também investiga a capacidade da arte de transcender os limites, tanto os do próprio ambiente artístico quanto os do ambiente educacional, na direção do que ele descreveu como uma prática de “arte em letras minúsculas”, na qual todos os estratos podem ser recebidos e compreendidos como um terreno comum, reafirmando aspectos de sua obra voltados à educação.

Entre exposições individuais, seu trabalho participou de mostras como Água (verde), na Gomide&Co (São Paulo, 2024); THE MOUNTAIN, THE SKY, THE WIND, THE SKY, na Tanya Leighton (Berlin, 2024); Nubes (verde) na Maisterravalbuena (Madrid, 2023); ANOTHER DAY, na Tanya Leighton (Los Angeles, 2022); 10h, na Galeria Pedro Cera (Lisboa, 2022); Sin intención, proposito o finalidad, no MAZ (Guadalajara, 2017); ¡Vivan los campos libres de España!, em La Casa Encendida (Madrid, 2017); One day after another, na Christopher Grimes Gallery (Santa Monica, 2016), entre outras. Entre coletivas, seu trabalho participou de ANIMAL SPIRIT, na Marianne Boesky Gallery (Nova York, 2024); Epílogo, no MUSAC (León, 2024); Seeds of Resistence, no MSU Broad Museum (Michigan, 2021); Fabula Rasa, na Tanya Leighton Gallery (Berlin, 2019), na 33ª Bienal de São Paulo: Afinidades afetivas, na qual foi artist-curador no núcleo sentido/comum (São Paulo, 2018); entre outras. 

Sua obra compõe a coleção de museus e instituições como o Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (León, Espanha); CIFO - Colección Ella Fontanals Cisneros (Miami, EUA); Thyssen-Bornemisza Art Contemporary (Barcelona, Espanha); CA2M - Centro de Arte Dos de Mayo (Móstoles, Espanha); Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madrid, Espanha); Olbricht Collection (Berlin, Alemanha), entre outras.