artgenève 2024: Chico da Silva

Palexpo, Janeiro 25 - 28, 2024 

A Gomide&Co, em colaboração com a Ars Belga, tem o prazer de apresentar projeto individual com obras de Chico da Silva para a 12ª edição da artgenève, que acontece na Palexpo, Genebra, entre os dias 25 e 28 de janeiro de 2024.


Francisco Domingos da Silva (1910/1922-1985), conhecido como Chico da Silva, foi artista autodidata, e suas primeiras expressões artísticas ocorreram nos muros do bairro de Pirambu e da Praia Formosa, em Fortaleza, no início da década de 1940. Em 1943, conheceu o pintor suíço Jean-Pierre Chabloz (1910-1984), que o integrou ao circuito de arte local, além de expor suas obras ao lado de Antonio Bandeira (1922-1967) e Inimá de Paula (1918-1999) na Galeria Askanasy, Rio de Janeiro, em 1945. Nos três anos que se seguiram, o suíço realizou viagens esporádicas à Europa, retornando definitivamente ao continente em 1948. Chabloz empreendeu-se na divulgação da obra de Chico, realizando sua primeira mostra individual na Galerie Pour L’Art de Lausanne (Suíça) em 1952. Em dezembro do mesmo ano, publicou o artigo “Un Indien brésilien ré-invente la Peinture” [Um índio brasileiro reinventa a pintura] na prestigiada revista de arte Cahiers D’Art, administrada por Christian Zervos.


A ida do amigo e protetor exerceu um grande impacto na produção de Chico da Silva, que realizou poucas exposições no Brasil durante a estadia de Chabloz na Europa. Dando continuidade à sua representação no exterior, Chico participou da exposição Arts primitifs et modernes brésiliens no Museu Etnográfico de Neuchâtel (Suíça) em 1956. O início da década de 1960 marcou o retorno de Chabloz ao Brasil por um curto período, o que facilitou a reinserção de Chico ao grupo de artistas de Fortaleza.


Chico da Silva faleceu em Fortaleza em 1985. Desde sua morte, é considerado um “gênio primitivista” no Brasil, e sua obra funde cosmologias populares do norte e nordeste do país. Sua preocupação com a exaltação da fauna e flora brasileira é evidente não apenas como elemento decorativo, mas como expressão formal da subjetividade orgânica da região Amazônica e suas complexidades.