Um dos mais importantes artistas do século XX, León Ferrari desenvolveu uma obra provocativa, singular, escorada na experimentação com suportes, materiais e mídias. Herdeira da imaginação surrealista, sua produção dialogou com a abstração, com a pop art e foi pioneira no conceitualismo. Constantemente questionando a violência do dogmatismo religioso e do autoritarismo latino-americanos, o trabalho de Ferrari é uma referência na prática de tecer arte e política. Perseguido pela ditadura militar argentina, exilou-se no Brasil na década de 1970. Após sua morte em 2013 em Buenos Aires, Ferrari permanece influente e tema de uma crescente fortuna crítica.

 

La Aimable Cruauté, ampla exposição retrospectiva dedicada à obra de León Ferrari, foi apresentada no Centre Pompidou (2022, Paris) e no Reina Sofia (2021, Madrid).  No Brasil, o Museu de Arte de São Paulo exibiu, em 2016, a individual León Ferrari: Entre duas ditaduras. Em 2009 o MoMA (Nova York) dedicou uma exposição aos trabalhos de Ferrari e Mira Schendel. Entre 2004 e 2005, o Centro Cultural Recoleta mostrou Retrospectiva León Ferrari em Buenos Aires, exibida também pela Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2009. O artista recebeu o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2007.

 

Suas obras estão em importantes coleções institucionais, como o Centre Georges Pompidou, Paris, França; Daros Latinamerica Collection, Zurique, Suíça; Ella Fontanals Cisneros Collection, Miami, Estados Unidos; El Museo del Barrio, Nova York, Estados Unidos; Walker Art Center, Minneapolis, Estados Unidos; MoMA – The Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; MALBA – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina; MASP– Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e o Museo de Arte Moderno, Ciudad de Mexico, México